O Mistério do Caldeirão Desaparecido

Era uma vez uma jovem aprendiz de bruxa chamada Luna. Luna tinha apenas sete anos e adorava preparar poções coloridas, cheias de bolhas que faziam "glup glup" e cheiravam a doces de abóbora. Este ano, Luna tinha uma grande responsabilidade: organizar a maior festa de Halloween da vila! Tinha tudo preparado — abóboras brilhantes, morcegos dançarinos e até um bolo de chocolate em forma de chapéu de bruxa. Mas, na véspera da festa, algo terrível aconteceu… O seu caldeirão desapareceu!

“Oh, não!” — exclamou Luna, a puxar os cabelos. “Como vou fazer a poção especial da festa sem o meu caldeirão?”

Desesperada, Luna foi pedir ajuda aos seus amigos: Fantasmino, um pequeno fantasma curioso que adorava resolver mistérios, e Vlad, um vampiro muito desajeitado, que estava sempre a tropeçar na sua própria capa.

“Vamos ajudar-te, Luna!” — disse Fantasmino, a flutuar no ar. “Se seguirmos as pistas, encontraremos o teu caldeirão num instante!”

“Mas onde vamos começar a procurar?” — perguntou Vlad, enquanto tentava equilibrar a sua capa comprida.

“Vamos começar aqui, no meu quintal!” — sugeriu Luna, a olhar à volta. Foi então que reparou em pequenas pegadas de lama espalhadas pelo chão. “Olhem! Pegadas!”

Seguiram as pegadas até à casa assombrada do Sr. Sombrio, um velho fantasma que vivia no topo de uma colina. A casa estava cheia de correntes que tilintavam e janelas que rangiam. Com um pouco de coragem, Luna bateu à porta.

“Sr. Sombrio, viu o meu caldeirão?” — perguntou ela, esperançosa.

“O teu caldeirão? Eu não vi nada!” — disse o Sr. Sombrio com um ar confuso, mas depois coçou a cabeça transparente e disse: “Ah, mas ontem vi algo estranho. Um vulto pequeno e desajeitado a correr para o velho moinho... Parecia que estava a carregar algo muito pesado!”

“Vamos ao moinho!” — gritou Fantasmino, entusiasmado.

No velho moinho, encontraram apenas uma sala cheia de teias de aranha e um rato a dormir num canto. Mas, no chão, havia outra pista: restos de folhas secas e brilhantes.

“Eu conheço estas folhas!” — disse Vlad, a cheirar o chão. “Elas crescem no bosque dos Zombies Brincalhões.”

“Então, é para lá que vamos!” — disse Luna, decidida.

Quando chegaram ao bosque, ouviram risos e sussurros. De repente, algo saltou de trás das árvores: era um zombie pequenino e travesso! Tinha a cara verde e enrugada, mas um sorriso tão simpático que Luna e os amigos não conseguiram ficar zangados.

“Olá, pequenino! Por acaso, não viste um caldeirão por aqui?” — perguntou Vlad, muito curioso.

“Caldeirão? Hmm… sim, eu vi! Eu levei-o para um lugar especial…” — respondeu o zombie, coçando a cabeça.

“Mas porquê?” — perguntou Luna, a tentar não soar chateada. “Eu preciso dele para a festa de Halloween! Está toda a gente à espera!”

O zombie baixou a cabeça e murmurou tristemente: “Eu só queria um lugar confortável para ver o pôr-do-sol… Todas as noites, o sol brilha tão bonito antes de eu me transformar em pó. Mas, como sou pequeno e feito de ossos, é difícil encontrar um lugar aconchegante.”

Luna e os amigos olharam uns para os outros. Como podiam estar chateados com um zombie que só queria ver o pôr-do-sol?

“Então... por que não vens para a festa?” — perguntou Fantasmino, a flutuar alegremente. “Podemos encontrar um lugar confortável para ti e assim ficas a ver o pôr-do-sol antes de a festa começar!”

“Acham mesmo?” — perguntou o zombie, com os olhos a brilhar.

“Claro que sim!” — disse Luna. “Mas… posso ter o meu caldeirão de volta?”

O zombie sorriu e, com um salto, levou-os até uma pequena colina coberta de folhas brilhantes. E lá estava ele: o caldeirão de Luna, cheio de flores e almofadas!

“Desculpa, Luna. Eu só queria um lugar quentinho,” — disse o zombie, envergonhado.

“Não faz mal,” — disse Luna, a pegar no caldeirão. “Vamos preparar a poção juntos e depois arranjo-te um lugar especial na festa!”

E assim, todos voltaram à casa de Luna e prepararam a poção mais maravilhosa de todas: era azul brilhante, com estrelinhas que explodiam no ar como pequenos fogos de artifício. Quando a festa começou, o zombie tinha um lugar especial — um sofá fofinho no jardim, bem ao lado de uma árvore grande, onde podia ver o pôr-do-sol enquanto os convidados dançavam e riam.

“O que achaste da festa?” — perguntou Fantasmino.

“É a melhor festa de sempre!” — disse o zombie, feliz.

E assim, a festa de Halloween foi um sucesso, com doces, música e muitas gargalhadas. E a melhor parte? Luna aprendeu que, às vezes, basta um pouco de empatia e compreensão para resolver um problema e fazer novos amigos.

Lição: Às vezes, aquilo que parece um problema pode ser resolvido com um pouco de gentileza e compreensão. E quem sabe, até podemos fazer novos amigos ao longo do caminho!

Vê o vídeo ABRACADABRA ➡️ https://youtu.be/afRO7M-fn30

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