Doces ou Travessuras no Castelo Encantado
Era uma vez, numa pequena aldeia, três amigos inseparáveis: a Marta, o João e o Simão. Estes três amigos adoravam aventuras e, claro, não perdiam uma boa festa de Halloween! Mas, naquele ano, tinham uma missão muito especial: ir até ao misterioso Castelo Encantado no topo da colina.
“Sabem o que dizem sobre o castelo?” — disse a Marta, enquanto vestia o seu disfarce de vampira. “Quem conseguir assustar a bruxa que vive lá dentro, pode pedir um desejo!”
“E eu já sei o que vou pedir!” — exclamou o João, com a sua máscara de lobisomem. “Uma montanha de chocolates e rebuçados!”
“E eu, quero brinquedos mágicos que se mexam sozinhos!” — disse o Simão, ajustando a sua capa de mago.
Todos riram e, com as suas lanternas de abóbora a brilhar, começaram a subir a colina, passando pelo cemitério que ficava no caminho. Ao atravessar o portão enferrujado, ouviram um uuuuuhhh vindo das lápides.
“Será um fantasma?” — sussurrou a Marta, agarrando-se ao braço do João.
“Não tenhas medo, eu protejo-te!” — disse o João, corajoso. Mas quando deram mais um passo, um esqueleto apareceu do meio das sombras, a dançar de um lado para o outro!
“Bem-vindos ao Cemitério dos Esqueletos Dançarinos!” — disse ele, enquanto rodopiava e acenava com os ossos. “Para passarem, têm de dançar comigo!”
Os três amigos olharam-se, riram e começaram a dançar com o esqueleto. A Marta fazia piruetas de vampira, o João uivava como um lobisomem a cada passo, e o Simão agitava a sua varinha como um maestro maluco. O esqueleto riu tanto que acabou por se desmontar e cair no chão, os ossos espalhados!
“Podem passar!” — disse ele, a tentar juntar as suas pernas de novo. “Vocês são muito divertidos!”
Os amigos despediram-se e seguiram caminho até ao castelo. Quando chegaram, o portão de ferro rangeu, abrindo-se lentamente. Entraram num grande salão iluminado por candelabros que flutuavam sozinhos no ar. De repente, ouviram um ruído acima das suas cabeças: tic, tic, tic...
“Aranhas gigantes!” — gritou o Simão, ao ver aranhas enormes a descerem das paredes com as suas patas peludas.
Mas, para surpresa dos amigos, as aranhas não eram assustadoras. Cada uma segurava um pequeno chapéu e começou a fazer acrobacias engraçadas, saltando e dando cambalhotas no ar!
“Olá, pequeninos! Querem brincar connosco?” — perguntou a maior das aranhas.
“Acho que já estamos a brincar!” — riu a Marta, enquanto uma aranha fazia um chapéu de teia para ela.
Depois de muitas risadas, os amigos continuaram pelo corredor até chegarem à porta da sala principal do castelo. Respiraram fundo e empurraram a porta, que se abriu lentamente, revelando um quarto cheio de poções a borbulhar, vassouras a voar e… no centro, uma bruxa pequenina sentada numa poltrona, com um gato preto ao colo.
“Quem ousa entrar no meu castelo?” — perguntou a bruxa, com um sorriso travesso. Tinha um chapéu pontudo, óculos redondos e uma capa cheia de estrelas cintilantes. O seu gato miava suavemente, mas os seus olhos brilhavam no escuro.
“Somos nós! Marta, João e Simão!” — disseram os amigos em coro. “Viemos assustar-te para pedir um desejo!”
A bruxa levantou-se lentamente, com um ar muito sério. “Ah, então querem assustar-me, não é? Pois bem, vamos ver se conseguem!”
O João tentou dar um grande uivo de lobisomem. “Auuuuuuuuu!” Mas o gato da bruxa respondeu com um miado ainda mais alto e assustador: “Miiiiiiaaauuu!”
A Marta mostrou os dentes de vampira e sibilou: “Vou morder-te!” Mas a bruxa tirou uma rebuçado e ofereceu-lhe. “Prefiro dar-te um doce.”
O Simão tentou agitar a sua varinha e lançou um feitiço que fez aparecer borboletas brilhantes no ar. Mas a bruxa riu-se tanto que começou a flutuar no ar com o gato!
“Parece que não conseguem assustar-me!” — disse ela, a rir. “Mas sabem? Estou cansada de estar sozinha aqui no castelo todos os anos. Ninguém me visita, a não ser vocês.”
Os amigos ficaram surpreendidos. “Então... se pudéssemos pedir um desejo, seria que te juntasses a nós para fazermos ‘doces ou travessuras’ pela aldeia!”
A bruxa arregalou os olhos. “Quê? Mas não preferem chocolates, brinquedos ou magia?”
“Não!” — disse a Marta, com um sorriso. “Queremos é que venhas divertir-te connosco! Seria muito mais giro ter uma bruxa verdadeira connosco.”
A bruxa pensou por um momento e depois começou a sorrir devagarinho. “Sabem, nunca pensei que alguém me fosse convidar para uma festa... Está bem, vou com vocês! Vamos espalhar magia pela aldeia!”
E assim foi! A bruxa, os três amigos e até o gato partiram para a aldeia. Foram de casa em casa, pedindo “doces ou travessuras”, e todos ficaram maravilhados ao ver a bruxa verdadeira a fazer pequenas poções de rebuçados, transformando abóboras em lanternas dançantes e até fazendo o gato miar melodias engraçadas.
Aquela foi a noite de Halloween mais divertida de sempre, e todos na aldeia ainda falam da vez em que a bruxa do castelo desceu a colina para fazer “doces ou travessuras” com os amigos.
Lição: Às vezes, o que alguém mais deseja é apenas ser incluído e ter companhia para se divertir. A amizade e a partilha são os maiores presentes que podemos dar a alguém!
Vê o vídeo ABRACADABRA ➡️ https://youtu.be/afRO7M-fn30