A Máscara de Abóbora

Era uma vez uma menina chamada Lúcia que adorava explorar todos os cantinhos da sua casa. Um dia, enquanto brincava no sótão, encontrou uma caixa muito antiga, cheia de pó e teias de aranha. Curiosa como sempre, abriu-a devagar e, lá dentro, viu uma velha máscara de abóbora. Tinha um ar engraçado, com um sorriso torto e olhos grandes e brilhantes.

“Que máscara engraçada!” — disse Lúcia, rindo-se.

Sem pensar duas vezes, colocou a máscara na cabeça. Mas, mal a ajustou, sentiu-se a ser puxada por um redemoinho de cores e sons, até que... PUF! Lúcia estava num lugar completamente diferente!

Olhou à volta e percebeu que estava numa floresta mágica, cheia de árvores gigantes que pareciam sussurrar segredos. No céu, bruxas voavam em vassouras, gatos pretos caminhavam com ar inteligente e... zombies! Havia zombies a marchar, liderados por um vampiro com uma capa vermelha cintilante.

“Bem-vinda à Terra das Sombras!” — disse uma voz vinda de trás de um arbusto. Lúcia virou-se e viu um pequeno gato preto, com uma cartola e um olhar esperto. “Sou o Sr. Bigodes, o gato mais sábio desta terra. Estás aqui por causa da Máscara de Abóbora, não é?”

“Sim… eu só a coloquei e, de repente, vim parar aqui!” — respondeu Lúcia, ainda confusa. “Como é que volto para casa?”

“Ah, minha querida,” — disse o Sr. Bigodes, abanando a cauda. “Para voltares, tens de completar três desafios e descobrir o segredo que a máscara esconde. Estás pronta?”

Lúcia respirou fundo. Apesar de estar assustada, também se sentia corajosa. “Sim, estou pronta!”

O Primeiro Desafio: A Casa Assombrada

O Sr. Bigodes guiou-a até uma grande casa velha, com janelas partidas e portas que rangiam. Lúcia olhou para cima e viu uma bruxa a espreitar pela janela, com um grande chapéu pontudo.

“Bem-vinda, pequenina!” — disse a bruxa, descendo suavemente numa vassoura. “Para passares por esta casa, tens de resolver um enigma: O que é que brilha no escuro, mas nunca se pode tocar?”

Lúcia pensou. Era algo que brilhava, mas que não podia ser tocado… E então, lembrou-se!

“É a luz da lua!” — exclamou.

A bruxa sorriu. “Muito bem! Podes passar.” E, com um movimento da sua vassoura, abriu a porta da casa. Lá dentro, Lúcia encontrou um pequeno frasco com uma luz suave. “Esta é a ‘Luz da Coragem’. Vai ajudar-te no próximo desafio.”

O Segundo Desafio: O Cemitério dos Esqueletos

Depois de sair da casa assombrada, Lúcia e o Sr. Bigodes caminharam até um cemitério. As lápides eram altas e tortas, e havia um frio estranho no ar. De repente, ossos começaram a juntar-se, e um esqueleto alto apareceu, com uma gravata borboleta.

“Quem entra no meu cemitério?” — perguntou o esqueleto, mexendo os ossos dos dedos. “Para passares por aqui, tens de me vencer numa dança maluca!”

Lúcia não era uma grande dançarina, mas não queria desistir. “Aceito o desafio!”

O esqueleto começou a dançar de forma divertida, rodopiando e mexendo os ossos de maneira tão engraçada que Lúcia quase se desmanchou a rir. Mas ela não desistiu. Fez piruetas, saltos e até um passo de robô que fez o esqueleto parar e aplaudir.

“Fantástico!” — disse ele, rindo. “Tens uma grande coragem e um ótimo sentido de humor! Aqui está a ‘Pluma da Honestidade’. Vai precisar dela.”

Lúcia pegou na pluma brilhante e guardou-a no bolso.

O Terceiro Desafio: A Floresta Negra

Por fim, Lúcia chegou a uma floresta muito escura, onde mal se via a ponta do nariz. No meio da escuridão, ouviu um choro baixinho.

“Quem está aí?” — perguntou, levantando a “Luz da Coragem” que a bruxa lhe tinha dado.

À sua frente, apareceu uma pequena aranha gigante (sim, pequena e gigante ao mesmo tempo!) com olhos tristes.

“Eu... eu perdi o meu brilho!” — choramingou a aranha. “Já não consigo ver no escuro, e todas as outras aranhas riem-se de mim.”

Lúcia olhou para a aranha e sentiu um aperto no coração. Sem pensar duas vezes, tirou a “Luz da Coragem” do frasco e colocou-a delicadamente no peito da aranha.

“Aqui tens, podes ficar com a minha luz. Ela vai ajudar-te a encontrar o caminho.”

A aranha piscou os olhos e, de repente, começou a brilhar! Saltou de alegria e abraçou Lúcia com as suas muitas patas.

“Obrigada, obrigada!” — disse ela. “Agora posso ver de novo! Como agradecimento, levo-te ao centro da floresta. É lá que o segredo da máscara está escondido.”

O Segredo da Máscara

No meio da floresta, encontrava-se o vampiro líder e o seu exército de zombies. Mas, quando Lúcia chegou com a aranha ao seu lado, o vampiro levantou a mão.

“Parou! Esta menina mostrou coragem, honestidade e, acima de tudo, bondade. Ela merece saber o segredo da Máscara de Abóbora.”

Lúcia olhou para ele, espantada. “Mas qual é o segredo?”

“A máscara não te trouxe aqui para te assustar. Trouxe-te para mostrar que dentro de ti existem qualidades incríveis! Coragem para enfrentar os medos, honestidade para resolver problemas e bondade para ajudar os outros.”

De repente, a máscara começou a brilhar e, com um último PUF!, Lúcia foi transportada de volta ao seu sótão.

Estava novamente em casa, com a máscara na mão. Mas agora, sabia que não era apenas uma máscara: era um símbolo das suas qualidades e do que podia alcançar.

“Obrigada, Sr. Bigodes,” — sussurrou ela, antes de guardar a máscara no lugar seguro onde a tinha encontrado. A partir daquele dia, sempre que se sentia insegura, lembrava-se da Máscara de Abóbora e dos desafios que superou, sabendo que tinha dentro de si tudo o que precisava para enfrentar qualquer aventura.

Lição: A verdadeira magia não está nos objetos, mas dentro de nós — na coragem, honestidade e bondade que mostramos ao mundo!

Vê o vídeo ABRACADABRA ➡️ https://youtu.be/afRO7M-fn30

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