O Sorriso de Mimi

Era uma vez, numa aldeia pequena e colorida, uma menina chamada Mimi. Mimi era conhecida por uma coisa muito especial: o seu sorriso. Não era um sorriso qualquer — era um daqueles sorrisos que iluminava tudo à volta, como o sol. E mais do que isso, Mimi sabia que o seu sorriso tinha um poder incrível: trazia alegria a quem quer que o visse.

Todos os dias, Mimi passeava pela aldeia, sorrindo para as pessoas, para os animais e até para as árvores! Os vizinhos sorriam de volta, e o ambiente da aldeia ficava sempre mais leve e feliz. No entanto, havia uma casa onde Mimi nunca conseguia entrar. Era a casa do Sr. Grunho, um homem muito rabugento e zangado, que nunca saía de casa e não gostava de receber visitas.

“Ele nunca sorri”, diziam as pessoas. “É tão carrancudo que não vale a pena tentar fazê-lo sorrir.”

Mas Mimi, com o seu grande coração, acreditava que todos têm dentro de si um motivo para sorrir. E assim, decidiu tentar.

Certo dia, enquanto brincava no parque, Mimi viu um grupo de crianças a jogar à bola. Tudo estava a correr bem, até que uma das crianças, o Tomás, tropeçou e caiu. As outras crianças começaram a rir, e Tomás ficou muito triste, com os olhos a brilhar de lágrimas.

Mimi correu até ele e, em vez de rir, estendeu-lhe a mão. “Estás bem, Tomás?”, perguntou com um sorriso gentil.

Tomás olhou para Mimi, surpreso. Ele estava à espera de que ela também se risse, mas o sorriso de Mimi era diferente. Não era para gozar, era para confortar. De repente, Tomás sentiu-se melhor e sorriu de volta. “Estou bem, obrigado, Mimi!”, disse, limpando as lágrimas.

As outras crianças, ao verem a bondade de Mimi, pararam de rir e foram ajudar Tomás a levantar-se. O sorriso de Mimi tinha mudado o ambiente todo.

No caminho de casa, Mimi passou pela casa do Sr. Grunho. Desta vez, algo estranho aconteceu. Mimi ouviu um barulho lá dentro, como se alguém estivesse a suspirar. Curiosa e cheia de coragem, bateu à porta.

O Sr. Grunho abriu a porta, com a sua cara habitual de mau humor, e perguntou: “O que queres, menina?”

“Olá, Sr. Grunho!”, disse Mimi com o seu sorriso brilhante. “Queria saber se está bem. Parece triste.”

O Sr. Grunho ficou espantado. Ninguém alguma vez lhe tinha perguntado como se sentia. Todos o evitavam por ser rabugento, mas Mimi não. Ela viu que, por detrás daquela carranca, havia alguém que precisava de um sorriso.

O Sr. Grunho ficou em silêncio por alguns segundos, e depois suspirou: “Sabes, menina... ninguém me pergunta essas coisas. Eu só estou sempre sozinho, por isso fico assim.”

Mimi sentiu uma grande empatia. “Talvez se saísse de casa e falasse com as pessoas, se sentisse melhor. Às vezes, um sorriso muda tudo!”

Surpreendentemente, o Sr. Grunho sorriu — um sorriso pequenino, mas sincero. “Sabes, menina, vou tentar.”

No dia seguinte, para espanto de todos, o Sr. Grunho apareceu na praça, sentado num banco ao sol. As pessoas começaram a cumprimentá-lo, e ele, ainda tímido, começou a sorrir de volta. O ambiente mudou, e tudo por causa do gesto simples de Mimi.

Moral da história: A empatia e a alegria têm o poder de mudar o mundo à nossa volta. Um sorriso pode ser o primeiro passo para ajudar alguém a sentir-se melhor, e um pequeno gesto de bondade pode transformar até os corações mais rabugentos.

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