A Biblioteca Mágica do Zé e da Clara

Num bairro simpático e cheio de alegria, viviam dois irmãos muito curiosos, o e a Clara. Eles gostavam de correr, brincar e explorar o mundo à volta, mas havia uma coisa que nunca lhes despertava interesse: os livros. Sempre que a mãe lhes dizia para lerem uma história, eles inventavam desculpas.

“Ler é aborrecido!”, dizia o Zé.

“Prefiro brincar no jardim!”, exclamava a Clara.

Mas tudo isso estava prestes a mudar de uma maneira muito especial.

Certo dia, ao voltarem da escola, Zé e Clara repararam numa pequena porta que nunca tinham visto antes, bem no canto da sala de estar. Estava coberta de pó, e sobre ela havia uma placa onde se lia: "Biblioteca Mágica". Curiosos, os irmãos abriram a porta com cuidado e, para sua surpresa, encontraram uma escada em espiral que parecia descer infinitamente.

“Vamos ver o que há lá em baixo!”, disse Zé, com os olhos a brilhar de entusiasmo.

Desceram as escadas até chegarem a uma enorme biblioteca, com prateleiras cheias de livros que pareciam brilhar. No centro da sala estava um senhor muito simpático, com óculos redondos e um chapéu engraçado.

“Bem-vindos à Biblioteca Mágica!”, disse ele, sorrindo. “Eu sou o Sr. Lemos, o guardião desta biblioteca. Sabiam que cada livro aqui tem uma surpresa especial?”

Zé e Clara olharam à volta, meio desconfiados.

“Livros com surpresas? Como assim?”, perguntou Clara.

“Ora, aqui, os livros não são só para ler. Eles ganham vida!”, explicou o Sr. Lemos. “Quando escolhem um livro e começam a lê-lo, são transportados diretamente para a história!”

“Isso parece interessante…”, disse Zé, agora intrigado.

A Clara pegou num livro colorido que estava numa das prateleiras. Chamava-se "A Aventura no Reino dos Doces". Mal abriu o livro e leu a primeira frase, ZÁS! De repente, os dois irmãos foram transportados para um reino feito inteiramente de doces!

“Uau!”, gritou Zé, olhando à sua volta. Havia montanhas de gelado, rios de chocolate e árvores feitas de gomas.

“Bem-vindos ao Reino dos Doces!”, disse uma menina que se aproximava. “Eu sou a Princesa Goma, e preciso da vossa ajuda para encontrar o Rei Pastilha! Ele desapareceu, e ninguém sabe onde ele está.”

Zé e Clara, muito entusiasmados, aceitaram a missão. Enquanto percorriam os campos de gelado e atravessavam pontes de chocolate, percebiam que para avançarem tinham de ler mais partes do livro. À medida que liam, novas pistas surgiam e mais doces descobertas faziam!

Depois de muita diversão e algumas risadas, Zé e Clara conseguiram resolver o mistério e encontrar o Rei Pastilha, que estava escondido numa montanha de bolos. Quando voltaram à Biblioteca Mágica, estavam radiantes.

“Uau! Ler é muito mais divertido do que pensávamos!”, disse Clara, com um grande sorriso.

O Sr. Lemos acenou com a cabeça. “Ler é como uma viagem mágica. Cada página leva-vos a novos lugares e aventuras. E o melhor é que não precisam de estar aqui para viver essa magia. Todos os livros têm o poder de vos transportar para novos mundos, basta abrir um!”

Zé e Clara saíram da Biblioteca Mágica com um novo amor pelos livros. Descobriram que a leitura não era aborrecida como pensavam. Pelo contrário, era a chave para muitas aventuras incríveis!

A partir daquele dia, sempre que queriam explorar um novo mundo ou viver uma nova história, sabiam exatamente onde ir: à sua biblioteca, onde cada livro era uma porta para a imaginação.

Moral da história: Ler é como viajar sem sair do lugar. Cada livro é uma aventura à espera de ser descoberta, e a imaginação faz com que tudo seja possível.

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