As Mãos Mágicas do Pedro
Era uma vez um menino chamado Pedro, que vivia numa casa amarela com um grande jardim. Pedro era um rapazinho muito curioso e cheio de energia, mas às vezes tinha dificuldade em controlar os seus movimentos. Os seus desenhos pareciam rabiscos, a bola fugia-lhe sempre que tentava jogar, e às vezes, sem querer, derrubava os brinquedos dos amigos.
Numa manhã de sábado, enquanto brincava sozinho no jardim, Pedro ouviu uma voz suave vinda de lugar nenhum:
"Pedro, as tuas mãos são mágicas!"
O menino olhou em volta, confuso. "Quem disse isso?"
"Fui eu, a Fada das Mãos Mágicas!", respondeu a voz. De repente, uma pequena fada azul apareceu, pairando à frente do nariz de Pedro.
"Mãos mágicas?", perguntou Pedro, olhando para as suas mãos. Pareciam normais.
A fada sorriu. "Sim, Pedro! As tuas mãos podem fazer coisas incríveis, mas só se seguires as regras do jogo da magia."
Pedro ficou muito entusiasmado. "Que regras são essas?"
A fada explicou: "Primeira regra: concentra-te no que queres fazer. Segunda regra: move as tuas mãos devagar e com cuidado. Terceira regra: respeita sempre os outros e os seus pertences."
"Parece fácil!", exclamou Pedro.
"Vamos experimentar?", propôs a fada. Com um aceno da sua varinha, fez aparecer um lápis e uma folha de papel.
Pedro pegou no lápis, ansioso para desenhar um cão. Mas na sua pressa, esqueceu-se de se concentrar e o lápis riscou o papel todo.
"Ups!", disse ele. "Esqueci-me da primeira regra!"
"Não faz mal", encorajou a fada. "Tenta outra vez, com calma."
Pedro respirou fundo, concentrou-se na imagem do cão na sua cabeça e começou a desenhar devagar. Para sua surpresa, o desenho ficou muito melhor!
"Consegui!", gritou ele, dando pulinhos de alegria.
Nesse momento, os seus amigos Ana e Tiago apareceram no jardim.
"O que estás a fazer, Pedro?", perguntou Ana.
Pedro contou-lhes sobre as suas mãos mágicas e as regras do jogo. Os amigos ficaram fascinados e quiseram experimentar também.
"Vamos jogar à bola!", sugeriu Tiago, tirando uma bola da mochila.
Pedro hesitou. Normalmente, era um desastre a jogar à bola. Mas lembrou-se das regras mágicas e decidiu tentar.
Concentrou-se na bola, moveu as mãos devagar e... conseguiu apanhá-la! Os amigos ficaram boquiabertos.
"Uau, Pedro!", exclamou Ana. "Como fizeste isso?"
Pedro sorriu. "É o jogo da magia! Querem aprender?"
Durante o resto da tarde, as três crianças brincaram juntas, praticando o jogo da magia. Descobriram que quando se concentravam e moviam as mãos com cuidado, conseguiam fazer coisas incríveis!
Pintaram um lindo quadro juntos, cada um respeitando o espaço do outro no papel. Construíram uma torre de blocos tão alta que quase chegava ao céu. E quando jogavam à apanhada, Pedro conseguia correr sem tropeçar nos próprios pés!
Mas nem tudo correu perfeitamente. Uma vez, Pedro ficou tão entusiasmado que se esqueceu das regras e quase derrubou a torre de blocos.
"Pedro!", gritou Tiago. "Lembra-te da terceira regra!"
Pedro parou mesmo a tempo. "Tens razão! Desculpem, amigos. Vou ter mais cuidado."
À medida que o dia avançava, Pedro notou que quanto mais praticava, mais fácil ficava controlar os seus movimentos. Já não precisava de pensar tanto nas regras - elas começavam a vir naturalmente.
No final da tarde, quando Ana e Tiago estavam prestes a ir para casa, a Fada das Mãos Mágicas reapareceu.
"Parabéns, crianças!", disse ela, sorrindo. "Vocês aprenderam bem o jogo da magia."
"Obrigado, Fada!", disse Pedro. "Mas... as minhas mãos vão continuar mágicas?"
A fada riu-se. "Pedro, as tuas mãos sempre foram mágicas. A verdadeira magia está na tua capacidade de te concentrares, moveres com cuidado e respeitares os outros. E isso, tu sempre terás!"
Com um piscar de olho, a fada desapareceu num brilho azul.
As crianças olharam umas para as outras, maravilhadas com tudo o que tinham aprendido.
"Sabem uma coisa?", disse Ana. "Acho que todos temos mãos mágicas!"
"Pois é!", concordou Tiago. "Só precisamos de praticar e seguir as regras."
Pedro sorriu para os seus amigos. "E quando trabalhamos juntos, a magia fica ainda mais forte!"
Daquele dia em diante, Pedro continuou a praticar o controlo dos seus movimentos. Na escola, os seus desenhos melhoraram, tornou-se um craque no futebol e já não derrubava as coisas por acidente.
Mas o melhor de tudo era que agora ele sabia o segredo: com concentração, cuidado e respeito, todos podemos fazer um pouco de magia todos os dias!
E assim, Pedro e seus amigos continuaram a brincar e a crescer, sempre lembrando-se das lições do jogo da magia das mãos mágicas.