A Aventura de Sofia e o Espelho Mágico

Era uma vez, numa escola cheia de risos e brincadeiras, uma menina chamada Sofia. Ela tinha olhos curiosos e um sorriso que iluminava toda a sala. Sofia adorava explorar cada cantinho do recreio, sempre à procura de novas aventuras.

Num dia solarengo, enquanto brincava às escondidas com os amigos, Sofia tropeçou num arbusto e caiu de cara no chão. "Ai!", gritou ela, esfregando o nariz. Mas quando olhou para cima, viu algo brilhante entre as folhas.

"O que é isto?", perguntou-se, afastando os ramos. Para sua surpresa, encontrou um espelho oval com uma moldura dourada, coberto de folhas e terra. Sofia limpou-o com cuidado e ficou maravilhada com o seu brilho.

De repente, o espelho começou a cintilar! Sofia deu um saltinho para trás, quase o deixando cair. "Olá, Sofia!", disse uma voz suave vinda do espelho. A menina arregalou os olhos, sem acreditar.

"Tu... tu falas?", gaguejou ela.

O espelho riu-se com uma risadinha melodiosa. "Claro que sim! Sou um espelho mágico, e estou aqui para te mostrar o quão especial tu és!"

Sofia olhou para o seu reflexo, curiosa. Mas em vez de ver apenas a sua imagem normal, viu-se a ajudar um colega a apanhar os lápis que tinha deixado cair. "Vês como és prestável?", disse o espelho.

Nos dias seguintes, Sofia visitava o espelho sempre que podia. Cada vez que olhava, via-se a fazer coisas diferentes: a contar uma piada que fazia todos rirem, a partilhar o seu lanche com uma amiga que se tinha esquecido do dela, a levantar a mão na aula para responder a uma pergunta difícil.

"Uau!", exclamou Sofia um dia. "Eu faço tantas coisas fixes!"

O espelho sorriu (sim, os espelhos mágicos conseguem sorrir!). "Claro que sim, Sofia! Cada pessoa é única e especial à sua maneira. Tu és corajosa, amiga e muito inteligente!"

Mas nem tudo eram flores. Um dia, Sofia viu-se no espelho a chorar porque tinha tirado uma nota baixa num teste. Ficou triste, mas o espelho disse-lhe: "Lembra-te, Sofia, todos cometemos erros. O importante é aprender com eles e continuar a tentar."

Sofia pensou um pouco e concordou. "Tens razão! Vou estudar mais da próxima vez!"

À medida que os dias passavam, Sofia começou a notar mudanças em si mesma. Já não tinha medo de falar em frente à turma e oferecia-se mais vezes para ajudar os colegas. Sorria mais e até fez amizade com Mariana, a menina nova da turma que era muito tímida.

Um dia, enquanto brincava com Mariana, Sofia reparou que a amiga parecia triste.

"O que se passa, Mariana?", perguntou Sofia.

Mariana suspirou. "Às vezes sinto-me diferente dos outros. Como se não encaixasse."

Sofia lembrou-se imediatamente do espelho mágico. "Tenho uma coisa para te mostrar!", exclamou, pegando na mão de Mariana e levando-a até ao arbusto.

Quando chegaram lá, Sofia procurou o espelho, mas não o encontrou! Ficou preocupada por um momento, mas depois sorriu. Percebeu que já não precisava dele.

"Sabes, Mariana", disse Sofia, virando-se para a amiga, "aprendi uma coisa muito importante. Cada um de nós é especial à sua maneira. Tu és super criativa nos teus desenhos e sempre sabes como fazer os outros sorrir quando estão tristes."

Os olhos de Mariana brilharam. "A sério? Achas mesmo isso?"

"Claro que sim!", respondeu Sofia com um grande sorriso. "E aposto que se olhares bem, vais descobrir muitas mais coisas especiais em ti."

Nesse momento, as duas amigas ouviram um tinido suave vindo do arbusto. Quando olharam, viram o espelho a piscar-lhes o olho antes de desaparecer num flash de luz dourada.

Sofia e Mariana olharam uma para a outra, espantadas, e depois desataram a rir. Talvez o espelho tivesse desaparecido, mas a sua magia continuava viva nos corações das meninas.

A partir daquele dia, Sofia e Mariana tornaram-se as melhores amigas. Juntas, ajudavam os outros meninos e meninas a descobrirem o que os tornava especiais. E assim, a escola tornou-se num lugar ainda mais alegre, onde cada criança brilhava com a sua luz única.

E Sofia? Bem, ela nunca se esqueceu da lição do espelho mágico. Sabia agora que a verdadeira magia estava dentro de cada um - bastava acreditar em si mesmo e ser amigo dos outros para a fazer brilhar.