O Mistério do Amigo Invisível
Numa floresta muito, muito verde, vivia um coelho chamado Nico. Ele era branquinho como nuvem e rápido como o vento. Mas Nico tinha um segredo: ele tinha um amigo que ninguém via!
O nome do amigo era Tico, e ele vivia na imaginação de Nico.
— Tico, vamos saltar sobre os troncos? — perguntava Nico.
— Vamos, vamos! — respondia Tico, mas só Nico conseguia ouvir.
Os outros animais achavam estranho.
— Nico fala sozinho! — cochichavam os passarinhos.
— Ele brinca com o vento! — riam os esquilos.
Mas Nico não se importava. Ele e Tico brincavam o dia inteiro!
Certo dia, um urso grandalhão e desajeitado apareceu na floresta. Seu nome era Bumbo, e ele queria brincar também.
— Posso brincar? — perguntou Bumbo.
Nico olhou para Tico e respondeu:
— Claro! Vamos jogar ao "Salta-toca"?
— Como se joga? — perguntou Bumbo.
— É assim! — explicou Nico. — Pulamos de um tronco para outro sem cair. Mas... cuidado! Se cair, o chão vira lama de chocolate!
Bumbo tentou, mas era muito grande e... PLOFT! Caiu direto no chão.
— Oh, não! Agora estás coberto de chocolate imaginário! — gritou Nico.
Bumbo olhou para o próprio corpo. Não via chocolate nenhum, mas deu uma risada gostosa.
— Posso tentar outra vez? — perguntou ele.
— Claro! — disse Nico. — Mas primeiro, o meu amigo Tico tem que te aceitar no jogo. Tico, Bumbo pode entrar no clube?
Tico demorou um pouco e então... Nico sorriu.
— Ele disse que sim! — anunciou Nico.
Desde esse dia, Bumbo, Nico e Tico brincavam juntos. E sabem o que aconteceu? Com o tempo, os outros animais começaram a brincar também! Todos fingiam ver Tico e respeitavam o amigo imaginário de Nico.
E assim, na floresta muito, muito verde, nasceu a amizade mais bonita de todas: aquela que aceita cada um como é.
Moral da história: A amizade verdadeira não precisa ser vista, basta ser sentida no coração.