O Dia dos Óculos Mágicos

Na cidade de Brincolândia, vivia um pequeno coelhinho chamado Tico. Ele era muito curioso, mas também um pouco tímido. Tico adorava passear pelo parque, mas havia um problema: ele tinha dificuldade em fazer amigos. Sempre que via outros animais a brincar juntos, Tico ficava nervoso e acabava por se esconder atrás de uma árvore.

“Se ao menos fosse mais corajoso…”, pensava ele.

Um dia, enquanto explorava a floresta ao lado do parque, Tico encontrou algo inesperado: um par de óculos brilhantes, pendurados num galho. Os óculos eram diferentes de qualquer outro que ele já tinha visto, com lentes coloridas que brilhavam ao sol.

“Que óculos engraçados!”, exclamou Tico, colocando-os no rosto. Assim que os colocou, algo mágico aconteceu! O mundo à sua volta ficou mais colorido e divertido, e ele começou a ouvir uma voz suave que dizia: “Estes são os óculos da amizade! Com eles, vais conseguir fazer novos amigos!”

Tico ficou surpreendido, mas decidiu experimentar. Voltou ao parque e, com os óculos no rosto, viu um grupo de animais a brincar com uma bola. Normalmente, ele ficaria nervoso e fugiria, mas desta vez sentiu-se mais confiante.

“Vamos lá, Tico, tenta!”, sussurrou a voz dos óculos.

Ele respirou fundo e aproximou-se dos animais. “Posso brincar convosco?”, perguntou com um sorriso tímido.

Para surpresa de Tico, todos o olharam e disseram: “Claro que sim! Quanto mais, melhor!”

Tico ficou tão contente que nem acreditava! Começou a jogar à bola com os outros e, em pouco tempo, já estavam todos a rir juntos. O ratinho Rico, a pata Pati e o porquinho Tito tornaram-se rapidamente seus novos amigos.

A partir daquele momento, Tico começou a brincar mais com os seus novos amigos todos os dias. Sentia-se mais confiante com os óculos e gostava de como as brincadeiras se tornavam cada vez mais divertidas.

Mas um dia, enquanto corria e saltava alegremente, Tico tropeçou numa pedra e os óculos mágicos caíram e partiram-se! “Oh, não!”, pensou ele. “Como vou fazer amigos agora?”

Tico ficou muito preocupado, mas antes que pudesse fugir, os seus novos amigos aproximaram-se e disseram: “Tico, estás bem? Queres continuar a brincar?”

Tico ficou surpreendido. “Mas… os óculos...”, murmurou ele.

“Que óculos? Não precisas de óculos para seres nosso amigo!”, disse Pati, rindo. “Nós gostamos de ti porque és simpático e divertido!”

Foi então que Tico percebeu a verdade: os óculos não tinham sido mágicos — a verdadeira magia estava dentro dele o tempo todo! Ele só precisava de acreditar em si mesmo e dar o primeiro passo. Afinal, fazer amigos não era tão assustador assim!

E desde aquele dia, Tico nunca mais teve medo de se aproximar dos outros. Ele aprendeu que a melhor forma de fazer amigos é ser gentil, sorrir e partilhar momentos de alegria.

Anterior
Anterior

A Festa dos Brinquedos

Próximo
Próximo

Os Animais Construtores