O Corvo e a Raposa
Numa velha e alta árvore, o nobre corvo segurava um pedaço de queijo em seu bico. A astuta raposa, sentindo o aroma do queijo, aproximou-se e começou a conversar com o corvo:
"Olá, como vai, senhor Corvo? Devo dizer que sua plumagem é magnífica! Tão negra e brilhante, com uma voz que combina perfeitamente com sua aparência. Você é digno de ser o Fênix dos nossos tempos."
O corvo, lisonjeado pelos elogios, não resistiu em mostrar o quão melodioso era seu canto. Ao abrir o bico, o pedaço de queijo caiu no chão, e a raposa, rápida e esperta, apanhou-o imediatamente. Sorrindo, ela disse:
"Um bajulador, meu caro senhor, vive sempre às custas de quem o ouve. Essa lição, tenho certeza, vale bem o preço do queijo."
Um pouco tarde demais, o corvo percebeu que havia sido enganado e jurou que nunca mais a raposa o ludibriaria.
E assim, o corvo aprendeu a valiosa lição de não se deixar levar por elogios vazios e a raposa, mais uma vez, mostrou sua esperteza e habilidade em tirar proveito das situações.
adaptação do original de Jean de la Fountaine