A Incrível Missão de Alice
Era uma vez, num quarto cheio de brinquedos coloridos, uma menina chamada Alice que tinha um dom muito especial: conseguia resolver qualquer problema que surgisse no seu pequeno Reino dos Brinquedos. Os brinquedos adoravam Alice, não só porque era divertida e brincava com eles todos os dias, mas porque sabia ouvir e ajudar sempre que havia algum conflito.
Certa manhã, quando o sol brilhava pelas cortinas do quarto, Alice foi acordada por um som de vozes exaltadas. Espreguiçou-se e olhou à volta. O Sr. Urso de Peluche estava de pé, com as suas patinhas cruzadas, enquanto o Robô de Lata gesticulava nervosamente com os seus braços metálicos. Algo estava errado!
— O que está a acontecer? — perguntou Alice, ainda com os olhos meio fechados.
— Alice! — começou o Sr. Urso. — O Robô não me deixa brincar com as suas ferramentas. Ele diz que são só dele!
— Claro que são só minhas! Eu sou o Robô de Lata! Preciso delas para me consertar e fazer os meus trabalhos! — defendeu-se o Robô, piscando as suas luzes vermelhas.
Alice suspirou. Sabia que tinha uma missão: ajudar os seus amigos a resolver este conflito de forma pacífica.
— Calma, amigos! — disse Alice com um sorriso. — Vamos resolver isto juntos. Primeiro, preciso que cada um me diga o que está a sentir.
O Sr. Urso de Peluche olhou para Alice com os seus grandes olhos castanhos.
— Eu só queria usar a chave de fendas do Robô para construir uma casa de brinquedos. Não ia estragar nada, mas ele não quis emprestar-me.
O Robô de Lata interrompeu, com as suas antenas a tilintar:
— As ferramentas são muito importantes para mim! E se ele as partisse? Eu ficava sem poder reparar os meus circuitos!
Alice ouviu com atenção ambos os lados e pensou por um momento. Depois, fez a sua pergunta mágica:
— E se encontrássemos uma solução em que os dois ficassem felizes?
O Robô e o Sr. Urso olharam um para o outro, intrigados.
— Tenho uma ideia! — exclamou Alice. — Que tal o Robô emprestar a chave de fendas ao Sr. Urso, mas primeiro explicar-lhe como usá-la com cuidado? Assim, o Sr. Urso pode construir a sua casa de brinquedos, e o Robô sabe que as ferramentas estão seguras.
Os dois brinquedos pensaram por um momento. O Robô piscou as suas luzes verdes e disse:
— Acho que isso pode funcionar!
O Sr. Urso sorriu:
— Eu prometo que vou ter muito cuidado!
E assim, com um aperto de mão entre peluche e lata, o conflito foi resolvido. O Sr. Urso construiu a sua casa de brinquedos, e o Robô ficou orgulhoso por ter partilhado as suas ferramentas de forma responsável.
O Segundo Conflito: O Carro de Corrida Rápido Demais
Mas a missão de Alice não tinha terminado. Mal ela se sentou para brincar, ouviu o som de rodas a derraparem e um grito de susto. Era o Carro de Corrida que vinha a alta velocidade, e a pobre Bailarina de Pano estava encostada contra a parede, com as suas sapatilhas de dança todas desarrumadas.
— Alice! O Carro de Corrida quase me atropelou! — disse a Bailarina, ajeitando o seu tutu.
O Carro de Corrida parou a chiar, com o motor ainda a roncar.
— Eu não fiz por mal! Só estava a correr, como sempre faço. Eu sou o Carro de Corrida mais rápido de todos! — respondeu ele, sem se dar conta do susto que tinha causado.
Alice sabia que, mais uma vez, tinha de agir. Aproximou-se e, como sempre, perguntou calmamente:
— Carro, sabes o que aconteceu? Acho que a Bailarina ficou muito assustada com a tua velocidade.
O Carro ficou em silêncio por um momento, e depois respondeu:
— Não pensei nisso. Eu gosto tanto de correr que não reparei que podia magoar alguém.
A Bailarina olhou para o Carro e disse:
— Eu também gosto de dançar depressa, mas sempre tomo cuidado para não tropeçar nos outros.
Alice sorriu, sentindo que a solução estava perto.
— Carro, que tal correres na pista do tapete ao fundo do quarto? Assim tens espaço para acelerar à vontade, e a Bailarina pode dançar tranquila aqui no centro.
Os dois brinquedos concordaram de imediato. O Carro correu para a pista do tapete e começou a fazer voltas rápidas, enquanto a Bailarina voltou a dançar graciosamente, sem medo de ser interrompida. Estava resolvido!
O Grande Desafio Final: A Partilha do Livro de Histórias
No fim do dia, Alice já estava quase a descansar quando ouviu vozes novamente. Desta vez, era a Boneca de Trapos e o Dinossauro de Borracha. Eles estavam a discutir sobre o grande Livro de Histórias.
— Eu vi primeiro! — disse o Dinossauro, batendo com a cauda no chão.
— Mas eu também quero ouvir a história! — respondeu a Boneca, com os braços cruzados.
Alice aproximou-se e perguntou, como sempre:
— O que se passa, amigos?
O Dinossauro bufou:
— Eu adoro ouvir a professora Sofia ler estas histórias, mas a Boneca não quer esperar a sua vez.
A Boneca de Trapos respondeu, um pouco triste:
— Eu só queria ouvir a história agora, mas o Dinossauro não me deixa.
Alice sorriu.
— E se, em vez de discutirem, ouvirem a história juntos? Assim, podem partilhar as páginas e ver as ilustrações ao mesmo tempo.
Os dois brinquedos olharam um para o outro e depois para Alice. Nunca tinham pensado nisso! Partilhar o livro seria uma excelente ideia.
— Concordo! — disse o Dinossauro, abanando a cauda.
— Eu também! — disse a Boneca, sentando-se ao lado dele.
Com o livro aberto, os dois brinquedos ouviram a história juntos, e de vez em quando riam-se das partes engraçadas. No final, perceberam que, partilhando, a diversão era ainda maior.
O Fim de um Dia de Missões
Quando o dia chegou ao fim, Alice suspirou, contente. Tinha conseguido resolver todos os conflitos do seu Reino dos Brinquedos. O Sr. Urso e o Robô partilharam as ferramentas, o Carro de Corrida encontrou uma pista segura para correr, e a Boneca e o Dinossauro aprenderam a partilhar o seu livro favorito.
Alice sabia que, com paciência e diálogo, todos os problemas podiam ser resolvidos. E mais importante, os seus amigos aprenderam que ouvir, partilhar e respeitar os outros tornava o seu pequeno mundo muito mais feliz.
Enquanto arrumava os brinquedos, Alice pensou na sua missão de ajudar os outros e sorriu, pronta para novas aventuras no dia seguinte.
Moral da História:
Quando surgem conflitos, é importante ouvir e tentar entender o ponto de vista de todos. Ao conversar e procurar soluções, podemos resolver os problemas de forma pacífica, tornando o mundo à nossa volta mais feliz e harmonioso!