A Grande Confusão da Margarida

Era uma vez uma menina chamada Margarida que adorava ajudar todos na sua aldeia. Se alguém precisava de ajuda com uma tarefa, ela estava sempre pronta! Mas havia uma coisa que Margarida não gostava muito de fazer: admitir quando cometia um erro.

Um dia, no jardim de casa, Margarida decidiu ajudar a sua avó a preparar um bolo de chocolate para a festa da aldeia. A avó deu-lhe uma tarefa muito importante: medir o açúcar.

"É só pôr três chávenas de açúcar na tigela, Margarida!", disse a avó, sorrindo.

Margarida estava tão entusiasmada que, sem perceber, pôs quatro chávenas em vez de três. “Ups… bom, é só um pouquinho a mais, ninguém vai notar!”, pensou ela, tentando não dar importância ao que fez.

O bolo foi para o forno e, quando saiu, parecia perfeito! "Que bom!", pensou Margarida. Mas quando a avó provou o bolo, fez uma cara estranha.

“Está muito, muito doce, Margarida! Acho que pusemos demasiado açúcar!”, disse a avó, tentando ser gentil.

Margarida sentiu um aperto no estômago, mas respondeu rapidamente: “Ah, deve ter sido um erro da receita… eu fiz tudo certo!”

Durante a festa, todos provaram o bolo, mas, como estava demasiado doce, ninguém conseguia comer mais do que uma fatia. O bolo ficou quase todo por comer, e Margarida começou a sentir-se mal. Talvez devesse ter dito a verdade à avó…

No dia seguinte, enquanto passeava pelo parque, Margarida encontrou o seu amigo Tito, que estava muito triste. Ele tinha perdido o seu brinquedo preferido, um carrinho vermelho, e não conseguia encontrá-lo em lado nenhum.

"Vou ajudar-te a procurar, Tito!", disse Margarida, pronta para ajudar. Procuraram por todo o lado, mas nada de carrinho.

“Espera!”, disse Margarida, lembrando-se de algo. No dia anterior, enquanto arrumava a sua mochila, ela tinha visto um carrinho vermelho que parecia ser o do Tito, mas, sem querer, colocou-o no fundo da mala.

"Eu... acho que cometi um erro, Tito", disse Margarida, tirando o carrinho da mochila. "Encontrei o teu carrinho ontem, mas guardei-o por engano. Desculpa!"

Tito olhou para ela e, em vez de ficar zangado, sorriu e disse: “Obrigada por mo dizeres, Margarida! Não faz mal, todos cometemos erros.”

Nesse momento, Margarida sentiu-se aliviada. Afinal, admitir um erro não era assim tão difícil. Decidiu que no final do dia, iria contar à avó a verdade sobre o bolo.

Quando voltou para casa, disse à avó: “Avó, eu cometi um erro ontem com o bolo. Pus açúcar a mais sem querer e não te disse nada. Desculpa.”

A avó abraçou Margarida e riu-se. “Oh, minha querida, todos cometemos erros! O importante é sermos honestos e aprender com eles.”

Margarida percebeu, naquele momento, que admitir um erro não só nos faz sentir melhor, como também fortalece as nossas amizades. Desde então, Margarida nunca mais teve medo de dizer quando cometia um erro. E o melhor de tudo? Ela e a avó fizeram outro bolo no dia seguinte — desta vez, com a medida certa de açúcar!

Moral da história: Admitir os nossos erros é um ato de coragem e sinceridade. Todos erramos, mas quando somos honestos e admitimos, mostramos que estamos dispostos a aprender e a melhorar.

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